É demais! Não houve uma cena sequer, explícita, que provasse a paixão da Senadora, pelo próprio filho... mas foi muito melhor assim. Para uma Atriz sensitiva como Meryl, o incesto ficou evidente, cena muda.
Nesse caso, Meryl trabalha com a sugestão. Ela sugere as emoções e os sentimentos, com tamanha intensidade que você consegue sentir tudo, só de ver! Eu, por exemplo, quando vi esse filme pela primeira vez, nem sabia deste pormenor - a relação incestuosa. Mas foi com um forte arrepio, um choque, na verdade, que entendi a mensagem de Meryl. Sua sensualidade gritou, em absoluto silêncio. Não havia dúvida! E quem assiste comigo me pergunta, meio horrorizada... "ela vai beijar o filho? " Só que a cena pára ali... e subentende-se a conclusão. Meryl realmente sente a forte emoção, o que me leva à conclusão de que ela é bem assim. Como uma pessoa reagiria desta forma, o olhar, a boca, a orelha vermelha - essa última é uma característica extremamente emocional de Meryl - se não fosse tão intensa! Só Meryl é capaz de tudo, porque 'vive' a personagem na íntegra, sem preocupação com a imagem que possa passar.
Minha querida e grandiosa Meryl Streep, provavelmente você veio de uma outra dimensão. Que Deus lhe abençoe!
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