Cada dia que passa, estou mais parecida com minha mãe.
Um dia, alguém disse à Meryl que ela estava bonita, ao que ela respondeu:
"Quando olho para, só vejo o meu pai."
A velha sintonia... com algumas palavras diferentes, hoje em dia - devido a minha idade, talvez - costumo dizer: 'quando olho no espelho, não me vejo mais, vejo mamãe.'
Sempre fui parecida com ela: rosto, trejeitos faciais, a fala pausada, o amor à leitura, a facilidade para desenhar, a sedução das palavras cruzadas - passatempo excelente para conservar a boa memória - a habilidade na cozinha... até mesmo, os códigos que ela usava, ao falar.
O mais interessante, o que me despertou a atenção, foi a similaridade das frases, ditas por Meryl ... e por mim.
Um dia ou outro, eu me pego pensando nisso. Muita gente não me dá crédito, até acha ridículo e infantil quando torno a me referir a esta sintonia. Mas não sabem como é impactante, para mim, cada vez que surge uma outra "coincidência". É tudo tão estranho, inexplicável... como um enigma que preciso decifrar... Mas o Tempo é austero, e vai seguindo, implacável, sem se comover nem me dar a vidência da a solução para este enigma vital. Será que algum dia conseguirei decifrar esse mistério?...
Eu e minha Mãe, minha Estrela Dalva, em fevereiro de 2009.
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